Coisas boas...

((ainda saudade...))Segundo um ditado judeu, você só pode saber se realmente ama uma pessoa, depois de viajar com ela. Eu e o Pollari viajamos muito juntos... Mas de todas as nossas viagens com certeza NY, NY foi a mais legal... A gente foi parar lá depois de trabalhar igual a uns camelos nas Olimpíadas de Atlanta... Tivemos bons momentos em Atlanta também... mas, não se compara. A nossa chegada á grande maçã foi triunfal... O Pollari tinha um grande amigo manauara, de infância, que nutria uma verdadeira adoração pelo Pollari e sua família. Muito jovem este cara foi morar nos States e na época ele tinha uma empresa de transportes... Como pegar táxi do aeroporto para Manhattam é uma verdadeira fortuna, a melhor pedida é alugar um carro e pagar a metade do preço. Pollari ligou para o seu amigo para combinar um carro que nos levaria até o hotel. Luiz, senão me engano, disse apenas que mandaria um carro azul... Luiz, nos mandou uma limusine azul... com frigobar e uma champanhe... Eu disse que por uma manobra radical com as nossas diárias pagas pela Band e pela SporTV a gente se hospedou num hotel na 5ª Avenida?? Ah pois he... não é todo mundo que chega em NY de limusine e se hospeda na Quinta Avenida... claro que isso só durou dois dias e logo depois a gente se mudou para a pensão da D.Maria na rua 16... O Pollari não tinha muito critério para escolher camisas e só para irritar gostava de usar umas bem esquisitas floridas... Mesmo as pessoas dizendo que ele parecia exilado cubano com saudade da ilha... De terno ele parecia mesmo exilado cubano prestes a ser deportado....não são minhas essas definições. Coisas do Pedro Kutney e de Gilson Ribeiro. Então um dia, com o Pollari vestindo a mais esquisita das camisas azuis existente em todo o planeta Terra saímos andando com o objetivo de achar a Union Square... a praça que se tornou lendária graças ao Lou Reed. Só que a gente se perdeu... muito... e fomos parar no Brookling... mais precisamente no condomínio residencial tipo Cingapura que tem lá... perto de uma quadra de basquete com um monte de negão de cinco metros de altura... Percebendo a nossa cagada... e que não éramos bem vindo no lugar, nos mandamos rapidinho metrô abaixo, com uns caras olhando com ar de cobiça para a máquina fotográfica que ele insistia em carregar no peito. Já falei do chapéu de Indiana Jones? Bom deixa isso pra lá... eu resolvi falar só das coisas boas... Então conseguimos finalmente não pegar o trem expresso e descemos numa estação qualquer, porque estávamos com sede, com fome e cansados. Sentamos num banco de um lugar qualquer e assim só por desencargo de consciência resolvemos perguntar que lugar era aquele. Adivinhe? Union Square... Quase nos matamos de rir... O melhor ainda estava por vir.... loucos por músicas descobrimos uma loja, dessas que aparece em filmes, com uma escadinha bem estreita e pessoas que fizeram figuração no filme Homens de Preto ficavam ali o dia inteiro... Quando entramos na loja parecia que o Paraíso era ali... Disco, muitos discos... caros... a maioria só raridade, rock, blues e jazz eram a preferência do Sam... o dono da loja, que logo logo ficou amigo do Pollari no instante em que eles começaram a discutir o movimento punk. Eu me instalei numa cabine e fiquei lá... ouvindo as gravações raras da Atlantic Rercords... horas, tive muitos orgasmos. O LP, sim LP a loja não tinha cd, que eu queria custava só 150 dólares... Não deu. A gente não comprou nada, mas saímos com um compacto da Billy Hollyday de presente. Já era tarde da noite, sem saber como voltar, famintos, com sede, fome e cansaço. Entramos num bar qualquer, desses que vc pede leite, só para começar a brigar e ficamos lá... Depois, um taxista indiano tentou enganar a gente, o Pollari ficou puto da vida e abandonamos o cara no meio do nada... quer dizer a um quarteirão da pensão da D.Maria... sobre ela eu falo um outro dia. Mexicana, louca, e eu desconfio meio bandida... Um dia também conto das incríveis oito horas dentro do Metropolitan e do dia em que resolvemos que nada mais na nossa vida interessava a não ser a Broadway. A gente não trabalhava mais, e posso dizer que gastamos uma pequena fortuna no teatro... No último dia em NY resolvemos enfiar o pé na jaca e fomos jantar no famoso Bars d´s Arts... um luxo. Na mesa a minha frente estava Robert de Niro e o Pollari não estava carregando a máquina fotográfica no peito... fala a verdade não é motivo para brigar?? Foi divertido....

Comentários

Anônimo disse…
Eu amo muito NY. Adorei a viagem que fiz pra lá. Vc anda tanto e não cansa. Vê shows, vai a lugares incríveis...Chinatown, Village, Central Park, MOMA, Ponte do Brooklin...muita saudade que dá ! Porém nunca andei de limousine... muuuuuuito chic ! O que mais vcs fizeram dentro da "Limo" com champagne ???? Heim, heim, heim ? Beijos mil
Anônimo disse…
Que delicia!!!!!!!! e eu nao conheco nova york, nem acredito nisso. Tita, muito boas essas lembrancas dessa viagem. No fundo e disso que eh feita a vida. beijos
Unknown disse…
Pô Tita, e você ainda não acredita que o caos é uma forma incrível de fazer coisas .... quando o único jeito é o caos, aproveite-o !!!
beijos
Edu

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