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Mostrando postagens de julho, 2007

O fim de uma era...

O cinema perdeu dois grandes nomes nos últimos dias. Como se Deus resolvesse que a Terra teria que se virar sem eles, levou o sueco Ingmar Begman e o italiano Michelangelo Antonionni. Eles representam um selo na sétima arte. Um jeito único de fazer cinema, de contar uma história... O que eu mais admirava era Bergman... ainda tenho comigo a sensação de sofrimento e admiração na primeira vez que vi Fanny e Alexander... Com certeza este é um dos filmes que marcou a minha vida. Assim como o Sétimo Selo, que além de ser um dos melhores roteiros já concebidos também é uma lição de vida. O famoso jogo de xadrez contra a morte. A Flauta Mágica é um sonho... um convite a um novo mundo. Tenho um livro que amo que são os argumentos dos filme de Bergman comentados por ele... Nem preciso dizer que só deixo alguém ver este livro se eu mesma ficar segurando e a única possibilidade de emprestar para alguém é levar como garantira de devolução um dedo ou um pedaço da orelha. Antonionni é assim difícil d

Os Atingidos de Irapé - Jequitinhonha

uma denúncia... Documentário de Luiz Jatir.

O que serve para a poesia

(mais Manoel de Barros... o poeta) Todas as coisas cujos valores podem ser disputados no cuspe à distância servem para poesia. O homem que possui um pente e uma árvore serve para a poesia. Terreno de 10 por 20, sujo de mato, e os detritos que nele gorjeiam, como, por exemplo, latas, servem para poesia. As coisas que levam a nada têm grande importância. Cada coisa ordinária é um elemento de estima; cada coisa sem préstimo tem seu lugar na poesia. As coisas que não pretendem, como, por exemplo, pedras que cheiram água, homens que atravessam períodos de árvore, se prestam para poesia. Tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma e que você não pode vender no mercado, como, por exemplo, o coração verde dos pássaros, serve para poesia. Os loucos de água e estandarte servem demais para a poesia. O traste é ótimo, o pobre-diabo é colosso. As pessoas desimportantes dão para a poesia. Qualquer pessoa ou escada, o que é bom para o lixo é bom para a poesia. As coisas jogadas fora têm grande importânc

Papel...

Está circulando pela internet uma campanha que diz assim: pense bem antes de imprimir?? Mais uma coisa para aumentar a minha culpa... Por que toda vez que eu vou imprimir eu penso: preciso imprimir? Estátisticas de pensamentos: 10% acho que preciso, 85% não tenho certeza, 3%realmente preciso, 2%continuo sem saber... A razão é simples: na hora precisa e depois? Depois fica como está a minha mesa uma verdadeira criação de papéis... sonho que eles vão crescer de tal forma que não terei mais espaço... O pior é que ainda tem a questão ambiental... mais papel, mais lixo, menos árvores, mais poluição, aquecimento global. Eu aperto "imprimir" e o mundo se esquenta... Será possível viver assim? Aí decidi radicalizar... não vou imprimir mais nada. Só o que é extremamente necessário e vem com a indicação: imprima isto para a sua segurança, senão vc vai explodir. Aí tenho um outro problema... a quantidade de arquivos inúteis que proliferam no meu computador com textos, anotações, indicaç

Adorando sampa...

Eu já falei várias vezes sobre o meu amor por São Paulo... eu sou a típica paulistana... falo com sotoque "iendo" forte, ando na garoa reclamando, mas sou incapaz de abrir o guarda-chuva, afinal é só uma garoa... Reclamo do trânsito, vivo atrasada e mesmo que não tenha trânsito... em São Paulo isto explica quase tudo. Também tenho a característica mais forte de todo paulistano típico: sair da cidade. Mas não faço idéia quando e de preferência que seja perto, afinal sou viciada em monóxido de caborno... cheiro desde quando eu nasci. São Paulo é uma cidade judiada... de doer muito. Consegue ser incrivelmente maltratada, humilhada e feia. Tudo que é tipo de absurdo acontece aqui... Mas, fazer o quê??? Gostaria muito de ter todas as respostas possíveis e não me sentir tão embaraçada ao falar que gosto deste lugar... muita gente olha e pergunta "por que? aqui é uma merda"... Mas hoje, num dia de sol típico de inverno.... ou seja azulado, com um forte vermelho... fui ao c

The Magic Numbers

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Doçura, esta é a melhor palavra para descrever o quarteto inglês, The Magic Numbers. Representantes da Brith Pop, não mantém semelhanças com o Radiohead, Coldplay ou Keane... Muito pelo contrário, o quarteto apresenta um som velho com cara de novo. Dizem que eles são os novos "Mamas & Papas", se é que isto é possível. A influência é clara, assim como de outros representantes da geração "flower and power", Simon & Garfunkel e Cat Stevens também podem ser a fonte para esta música bonita, simples e poética. O quarteto é formado por duas duplas de irmãos: Romeo (guitarra, piano e voz) e Michele Stodart (guitarra, baixo e teclado) e Sean (bateria) e Angela Gannon (escaleta, percussão e voz). A discografia é curta, são apenas dois discos. O primeiro foi lançado em 2005 e leva o nome da banda, em 2006 eles lançaram Those the Brokes, mais elogiado que o primeiro. Eles vêm fazer show no Brasil em Agosto no Via Funchal. Vou ver se consigo assistir. Eu gostei muito do

LUTO

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Luto pela burrice, pelo risco, pela insistência no erro, pela roubalheira, pela sociedade que não se manifesta, pela grande tristeza... Pelo absurdo dos acontecimentos.

Fim de semana pé na jaca

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O meu fim de semana começou no sábado de uma maneira muito regrada... Mas a noite, sob a forte má influência da Nanda, minha irmã, resolvemos sair a noite... Isto porque eu tinha me prometido um fim de semana de supérfluos perecíveis calóricos, com muita TV e livros... Mas como eu não tenho palavras, nem comigo mesmo, cai na farra... Mas o que acendeu em mim foram os 15 anos da Orquestra Paulista de Soul... O show foi no Grazia Dio... já tinha dito que não ia mais assitir show lá porque o som é uma bosta, mas desta vez valia muito a pena... Além é claro da Cerveja Stella Artóis a preço justo. Também se eu não fosse a Fe e Clau iam me trucidar viva com requintes de crueldade... Encontramos ainda Edu e Dodô... uma balada... sem combinar e como disse a Fê, se combina não dá certo. O show... foi sensacional!! Na foto tirada do meu bonito, mas ordinário celular, momento Bowiezito e Quênia arrasando na hora de chamar o síndico Tim Maia e a música mais romântica de todos os tempos de agora e

Dia Mundial do Rock

Como dizem que a primeira vez a gente nunca esquece, a minha primeira vez num show de rock, foi nos idos de 88, no ginásio do Ibirapuera no show do Legião Urbana. Eu já tinha ido em outros shows... mas assim em estádio, com toda aquela atmosfera... foi a primeria vez. Eu tinha 16 anos e 99 por cento dos meus amigos, eram homens. Fui no show com uma verdadeira escolta: eu e mais uns sete caras. Ficamos na arquibancada (pobre é uma desgraça mesmo). Mas foi divertidissímo... o show ficou interrompido quase meia hora, porque alguém tacou um garrafa no Renato Russo. Na hora em que ele tocou "Faroeste Caboclo" e o estádio inteiro estava cantando junto... foi realmente emocionante. Foi também uma aventura. Fomos nos show com o carro emprestado da mãe do Jé e coube todo mundo dentro... eu claro ficava na frente, porque eu era menina... Sabe aquela coisa de vc ficar abraçado na arquibancada cantando, na verdade gritando... é... então... sem comentários. O rock é assim uma cartase...

A diferença entre andar e fazer amor

Um dos meus esportes preferidos, além de sentir culpa, é assistir filmes bobos... Adoro filmes bobos, sentimentais, com o máximo do clichê... Gosto da nova visão autraliana nos filmes de terror, dos filmes iranianos, egipcios e tudo mais... Mas filme bobo, é filme bobo... uma outra classe. Não significa necessariamente que é um filme ruim... é mais aquele tipo de filme água com áçucar, onde as comédias românticas reinam absolutas... Estes dias estava assistindo na TV o filme "Por amor" (outra característica de filmes bobos são seus títulos, piorados por traduções infelizes). É um filme que une duas coisas clássicas dos filmes bobos: esportes e relacionamentos. No caso Kevin Costner vive um jogador de beisebol. Em determinado momento ele encontra uma moça e a convida para sair, no momento em que eles teriam que decidir se vão para a cama... o casal resolve andar. Eu achei isto muito bonito. Porque é uma coisa que as vezes determina o relacionamento... Andar é uma das coisas qu

Sobre meninas e lobos

Sobre meninas primeiro: Agravando cada vez mais as minhas milhares de razões para continuar a fazer terapira ad eternum... eu agora voltei a ser morena... Deixei de ser loira... Foi sem querer, porque a cabeleireira resolveu dar uma escurecida nas minhas medeixas... Se ficou bom? Isto é um mero detalhe... claro que fica bom... que cabelo não fica bom com o tempo que eu gasto no meu... Esta não é a questão... a questão é que mais escuro, os brancos berram mais cedo assim eu preciso ir ao salão mais vezes... ai numa tentativa desesperada de melhorar isto eu clareio o cabelo e ai ele fica muito claro, aí precisa dar uma escurecida e assim vai... sempre... até o dia em que eu encher de vez o meu saco e assumir os brancos... Tô quase fazendo isto. É realmente complexo para uma pessoa que tem dois nomes e duas caras diferentes tentar se entender... Só sendo maluco mesmo. To sofrendo. Sobre lobos... O Cristo agora está entre as sete novas maravilhas do mundo. Se eu achei legal?? Puxa isto foi

Flip 2007

Esta foi minha segunda vez na Flip... eu gosto muito. Mas uma das condições para vc se divertir na Flip é estar no espírito dela ou entrar no seu espírito e entender que o Festival está acontecendo na cidade. Paraty estava lotada... lotada... como eu nunca vi... acho que ninguém nunca viu a cidade tão cheia. O que é louvável porque se trata de um festival de literatura... assunto que as pessoas insistem em dizer que não interessa ao brasileiro. É a mais pura mentira. Cada um vê a Flip também do seu jeito... é impossível assitir a todas as palestras... mas desta vez eu assisti batante coisa... Meu cérebro quase derreteu. Segundo um ditado judeu você só pode dizer que realmente ama uma pessoa depois de viajar com ela, eu posso dizer que amo muito a Lara... a gente teve os mais diferentes momentos nesta viagem, dos mais felizes aos mais sofredores. Chegamos na quinta, quando Paraty estava vazia, só com as pessoas do festival.. comemos num restaruante argentino sensacional, tomamos vinho e

Fechado para a Flip

Caros e amados leitores o blog vai ficar fechado até a próxima semana, quando volto com notícias sobre a FLIP, a Festa Literária Internacional de Parati. Beijos grandes!!

Coisas que uma menina deveria saber fazer...

Antingamente as moças de fino trato eram obrigada a fazer um curso de chaleira... Alguém já ouviu falar sobre isto?? Pois eh como eu moro em Santana, o distrito da moral e bons costumes em São Paulo... isto é uma coisa muito comum por aqui... ou pelo menos era. As meninas mais chatas da minha escola fizeram e as que não fizeram enchiam o saco das moças que passavam os sábados aprendendo a arte de serem boas moças: servir uma mesa francesa, engomar um colarinho, receitas para servir ao chefe do seu marido, como sentar, como levantar, como andar... entre outras frivolidades... Dizem que até o que fazer na noite de nupcias era ensinado no tal curso de chaleira... Fico imaginando... Normalmente quem dava o curso eram freiras... ou seja elas entendem do assunto. Mas a questão é que eu gostaria de propor um novo e moderno curso de chaleira com as necessidades que toda menina deve saber: trocar o chuveiro (ninguém consegue viver e cheirar bem sem saber fazer isto), resolver qualquer tipo de

Sobre a construção de Angra...

O governo volta a carga para construir a nova Usina Nuclear em Angra dos Reis... Para não falar um monte de palavrão pedi ajuda ao meu velho amigo Renato Russo e sua velha música Angra dos Reis, que já nos lembrava da cagada que isto é para o futuro... Deixa, se fosse sempre assim quente Deita aqui perto de mim Tem dias que tudo está em paz E agora os dias são iguais Se fosse só sentir saudade Mas tem sempre algo mais Seja como for É uma dor que dói no peito Pode rir agora que estou sozinho Mas não venha me roubar Vamos brincar perto da usina Deixa pra lá, a angra dos reis Por que se explicar se não existe perigo? Senti teu coração perfeito batendo à toa E isso dói Seja como for É uma dor que dói no peito Pode rir agora que estou sozinho Mas não venha me roubar Vai ver que não é nada disso Vai ver que já não sei quem sou Vai ver que nunca fui o mesmo A culpa é toda sua e nunca foi Mesmo se as estrelas começassem a cair A luz queimasse tudo ao redor E fosse o fim chegando cedo E você vi