Caminhando e conversando

((esta história é ficção))

A noite não era uma das mais animadas. Bar cheio. Muita gente falando ao mesmo tempo. Cerveja quente. Mesas apertadas. Um gritava ao lado as soluções para a crise na Grécia. O outro, ao lado arquitetava um plano para matar o Dunga e colocar o Felipão no seu lugar. A falta de paciência fez voltar o vício do cigarro. Na calçada, em frente o bar, a fumaça falava com mais carinho do que tantas conversas sem sentido. Ele veio se aprixamando, passo a passo e começou a conversa sobre cigarro. É um saco fumar. Queria parar. É uma pena que a gente não posso mais sentar na mesa, tomar um cerveja e fumar um cigarrinho... Fumo há tanto tempo... Não fumo em casa... De repente a conversa mudou para Lou Reed e para Nova York. Como é bom poder viajar. Tem tanto lugar no mundo que eu quero conhecer. Não ou não sou casada. Também não. Mas já fui. Eu também. É punk separar. Melhor se vc for Ivana Trump. Ou a mulher do Tigger Wood. Odeio Golf. É um esporte muito besta. Coisa de gente rica. Champanhe também é coisa de gente rica e é bem legal. Paguei a conta no bar. E saimos andando. Andamos a noite toda conversando... De mãos dadas... falando sobre todos os assuntos possíveis. O dia nasceu. E com ele veio um beijo. Um beijo gostoso e por incrível que pareça... aquelas coisa que acontecem só em filmes veio também fogos de artíficios... Que explodiram no céu anunciando uma deliciosa manhã de domingo... Que terminou ali na rua. Na porta do metrô com outro beijo e com uma promessa de outra noite... uma outra conversa... parece que ficou um monte de coisas por dizer. Mas ficou a mágica de um momento incrível. Muito simples, como tudo na vida que é bom deve ser.

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