Puff... se foi

No fim do ano fui surpreendida pela notícia da morte do jornalista Daniel Pizza. Eu fiquei bem triste. Ele morreu aos 41 anos, jovem e com muita coisa pra fazer. Morreu de um AVC. Vai saber se esta era a hora dele ou não. Esta resposta a gente nunca terá. Mas estas saídas repentinas deixam na gente aquela sensação de a qualquer momento pode ser você. E aí? O que falta ainda pra fazer? Daniel publicou 17 livros, escrevia no Estadão, falava no rádio... Pensando que o Ruy Castro lançou o seu primeiro livro aos 41 e o Woody Allen começou as 37 anos... assim como tantas outras pessoas, ele estava só começando. É difícil deixar de pensar nisto. No que mais poderia vir pela frente que foi abrevidado pela certeza constante da vida, que é a morte? Este clichê perverso que está sempre ao nosso lado, mesmo que a gente ache que este dia vai demorar a chegar... Assim toda a preocupação, toda a tristeza, toda a agonia, e ansiedade e depressão, e raiva e magooa... todas estas coisas também vão embora com a gente na hora da morte. Viram pó... da mesma forma. Perdem o sentido, a importância... Então pra quê né?? Vai saber... o que a gente ainda não aprendeu.  Não tenho medo da morte, mas ela mexe comigo... Ela no sentido a entidade... sim porque a morte é uma entidade. Um ser que nunca vamos desvendar. Nossa maior certeza e também mistério. Que independente de vc ser rico, pobre, digno, ladrão ela vai te encontrar... Num instante... puff já era... já foi. Então o que nos resta fazer é seguir...e torcer para que a hora do encontro seja menos doída, no tempo... que fique a certeza de uma boa vida... que a lápide e o obtuário sejam a confirmação de uma vida feliz. Mesmo sem saber é preciso fazer a nossa parte...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Verdade chinesa

Talvez algum dia