Rilke.
((Já que o blog é novo... sinto falta de ter Rilke por aqui e seus profundos ensinamentos sobre a vida, a arte e a poesia. Abaixo coloco um trecho do livro "Cartas a um jovem poeta". Sabem quando alguém quer saber, qual o seu livro de cabeceira? Pois é... não tenho livro de cabeceira... tenho estantes. Vivo no meio dos livros, primeiro eles depois o resto... Tem livro espalhado por todos os cantos da minha casa... Rilke não está na cabeceira, está sempre a mão. Deixei um link para consulta sobre sua vida e também obra...))
"Não há nenhuma medida de tempo nesse caso, um ano de nada vale, e mesmo dez anos não são nada. Ser artista significa: não calcular nem contar; amadurecer como uma árvore que não apressa a sua seiva e permanece confiante durante as tempestades da primavera, sem o temor de que o verão não possa vir depois. Ele vem apesar de tudo. Mas só chega para os pacientes, para os que estão ali como se a eternidade se encontrasse diante deles, como toda amplidão e a serenidade, sem preocupação nenhuma. Aprendo isso diariamente, aprendo em meio a dores às quais sou grato: a paciència é tudo."
"Peço-lhe que tente ter amor pelas próprias perguntas, como quartos fechados e como livros escritos em uma língua estrangeira. Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las. E é disto que se trata de viver tudo. Viva agora as perguntas. Talvez passe, gradativamente, em um belo dia, sem perceber, a viver as respostas. (...) Mas aceite com grande confiança o que vier, e se vier apenas de sua vontade, se for proveniente de qualquer necessidade de seu íntimo, aceite-o e não odeie."
"Não há nenhuma medida de tempo nesse caso, um ano de nada vale, e mesmo dez anos não são nada. Ser artista significa: não calcular nem contar; amadurecer como uma árvore que não apressa a sua seiva e permanece confiante durante as tempestades da primavera, sem o temor de que o verão não possa vir depois. Ele vem apesar de tudo. Mas só chega para os pacientes, para os que estão ali como se a eternidade se encontrasse diante deles, como toda amplidão e a serenidade, sem preocupação nenhuma. Aprendo isso diariamente, aprendo em meio a dores às quais sou grato: a paciència é tudo."
"Peço-lhe que tente ter amor pelas próprias perguntas, como quartos fechados e como livros escritos em uma língua estrangeira. Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las. E é disto que se trata de viver tudo. Viva agora as perguntas. Talvez passe, gradativamente, em um belo dia, sem perceber, a viver as respostas. (...) Mas aceite com grande confiança o que vier, e se vier apenas de sua vontade, se for proveniente de qualquer necessidade de seu íntimo, aceite-o e não odeie."
Comentários
beijos
Edu
Vou chamá-lo para morar comigo. Depois ele vai escrever outra carta para um jovem poeta.
Bonito esse texto.
Bjs.