O fim do grande amor
Nem me lembro de quando foi a primeira vez em que ouvi você... Faz muito tempo. Mas tenho certeza que antes de lhe ver, eu lhe ouvi. Com atenção. Deixei você entrar em mim. Deixe sem nenhum medo você invadir a minha alma e me tomar... Te amei. Dede de sempre. Fui sua. Sua Mulher de Atenas, passiva, amante. Calada. Em troca você foi comigo. Segurou na minha mão. Esteve comigo quando eu rastejava de dor. Você viu. Viu o meu avesso. Acreditei em você. Nunca duvidei. No dia em que confundi vodka com água, você viu meu vômito. Quer intimidade maior do que essa? Qual?? Íntimos... caros... amigos... Eu fui ridícula, estabanada, perdida... Você... ali. Vivi com o combustível que seríamos futuros amantes. Vivi!! Eu ri, eu chorei, eu gritei, eu engoli seco e... não escondi de você. Não sou uma pessoa de muitos relacionamentos, tenho uma certa inabilidade com esse assunto, e o pouco que sei: aprendi com você. E agora? Você... que vontade de chorar... muito. Ora por favor... n...